Foragido por cometer um furto e um homicídio, Francilmar Pereira Mariscal (43), foi preso após gravar uma reportagem na Tv Anhanguera pedindo ajudar para encontrar os parentes, em Goiânia.
Ele contou que sofreu um acidente e perdeu a memória e afirmou não se lembrar do crime. Francilmar Pereira estava abrigado na Casa da Acolhida, no Setor Campinas, na capital.
Ele revelou à equipe de reportagem que estava no Maranhão quando perdeu a memória.
O homem só lembrava que tinha parentes em Goiânia e, por isso, voluntários arrecadaram dinheiro para comprar uma passagem até a capital goiana.
"É ruim ficar sozinho assim. Tenho vontade de ver minha família inteira", disse na reportagem exibida pela Tv Anhanguera.
A reportagem tentou localizar a defesa dele. A Defensoria Pública informou que não é responsável pelo caso.
O homem foi reconhecido por policiais civis que assistiam ao telejornal na ocasião. "Falaram aqui dentro que eu tava preso por homicídio, [que] tinha matado um rapaz. Não lembro disso não", afirmou.
Segundo a Polícia Civil (PC), ele foi preso preventivamente perambulando no Terminal da Praça A, em Goiânia, nesta terça-feira (20/03).
O homem é investigado pela morte de um amigo, em 2010. Segundo registro da corporação, a vítima foi morta com uma facada na casa do irmão do suspeito, que depois fugiu para o Maranhão.
"O inquérito do homicídio já foi remetido ao judiciário. A gente não acredita que ele não se lembra, mas cumprimos mandado e ele está a disposição do poder judiciário", explicou a delegada Magda D'Ávila.
Ele também é suspeito de atentado ao pudor a uma menina de 6 anos em Anápolis, a 55 km de Goiânia, ocorrido em 2004. Além de também ser investigado por um furto na cidade em 2014.
A delegada afirmou que acredita que seria interessante o desenvolvimento de políticas públicas que fizessem identificação e triagem de moradores de rua. Segundo ela, a comunicação com a Polícia Civil de casos como este ajudariam na prisão de foragidos.
"Morador de rua já tá em situação de risco. Poderiam fazer uma checagem e intermédio com a polícia para verificar se tem alguma passagem mandado de prisão em aberto, porque pode ser tanto vítima de vingança quando autor de novo crime", disse.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)